Friday, September 19, 2008

"Quem és tu que, encoberto pela noite, entras em meu segredo?"

"- Deixa que eu fique parado aqui, até que te recordes.
- Esquecê-lo-ia, só para que sempre ficasses ai parado, recordando-me de como adoro tua companhia."


Que queres que eu diga além de confessar por vós indubitável paixão?
Se tens por loucura tal sentimento,
declarar-me-hei em pleno estado de insanidade mental.
Venhas junto com o sol ascendente,
pois o pôr me rasga ao saber que torturantes foram as longas horas longe de ti
e que tal apreço condernar-me pode a sentir a saudade de sorriso vosso,
que me guia como o sol tem por seu guia o rumo leste ao nascer.
E se tal afeto for por demasiado verdadeiro em sua essência
E se reciproco for, mata-me de felicidade e diga-me vós
Pois se as dores próprias pesam-me no peito,
Conhecer-me deixe as tuas
pois o tormento que revelastes,
ao meu deu mais alento.

2 comments:

@laranjudo said...

se eu vosmicê fosse, na carreira de poetisa investiria.

adoro essa coisa meio retrô. retrôôôôôôô. assim, meio básica.

Anonymous said...

ROMEU — Sim, aceito tua palavra. Dá-me o nome apenas de amor, que ficarei rebatizado. De agora em diante não serei Romeu.
JULIETA — Quem és tu que, encoberto pela noite, entras em meu segredo?
ROMEU — Por um nome não sei como dizer-te quem eu seja. Meu nome, cara santa, me é odioso, por ser teu inimigo; se o tivesse diante de mim, escrito, o rasgaria.
JULIETA — Minhas orelhas ainda não beberam cem palavras sequer de tua boca, mas reconheço o tom. Não és Romeu, um dos Montecchios?